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Eike Batista negocia compra do Terra Encantada

A compra do terreno do parque Terra Encantada, na Barra, deve ser o primeiro grande negócio imobiliário da REX, de Eike Batista. A operação é dada como certa por uma dezena de players do setor consultados por Negócios&Cia. Segundo fonte graduada próxima às negociações, que estariam acontecendo há cinco meses, falta apenas assinar o contrato. A EBX, que controla a REX, não confirma. Só diz que avalia oportunidades no país.

Com 350 mil m², o terreno valeria entre R$100 milhões e R$200 milhões. Mas tem potencial para um empreendimento com valor de vendas de até R$3 bilhões, acredita o mercado. Os planos da REX ainda são incertos. "Será algo de outro mundo. A proposta de Eike é investir em projetos com conceito diferenciado", diz outra fonte. Especula-se a hipótese de um complexo misto (residencial e comercial), que abrigaria até museus. Localizada na Avenida Ayrton Senna, vizinha à Avenida das Américas, e cercada por centros como Via Parque e CasaShopping, a área é altamente valorizada. A universidade Estácio de Sá, inquilina no terreno, tem interesse em ficar e até aumentar a oferta de cursos.

O acerto, porém, não é simples. A concordatária Esta Comercial, dona do parque, tem dívida na Justiça com o BNDES. Em 1995, o banco financiou R$50 milhões ao Terra Encantada, que nunca vingou. Hoje, o débito deve passar de R$100 milhões. Para tentar uma saída, a Esta fechou em 2009 acordo com Sig Engenharia e Fator Realty, cuja missão era desenvolver um projeto e negociar a dívida. Em troca, cedeu a elas os direitos de incorporação e aquisição de 50% do imóvel. Uma negociação com a Brookfield chegou a avançar, mas micou no fim de 2010. No período, a REX iniciou tratativas com a Esta. Agora, as partes tentam amarrar uma solução conjunta.

Fonte: O Globo, Negócios & Cia, 06/abr
07/04/2011